quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Dois mundos podem se complementar mesmo com toda distância que os separa!





Como duas pessoas tão parecidas podem ser ao mesmo tempo tão diferentes e ficarem tão longe uma da outra, quando na verdade a essência do que são nasce do mesmo lugar, tal qual, como a poesia e a música, dois seres dotados de beleza e emoção, mas distantes na forma de se apresentar. Os dedos delicados de quem compõe uma história de amor e aos poucos vai deixando a harmonia dos acordes perpassarem aquelas letras traçadas são como a alma e a emoção de um poeta escrita em versos, como uma escultura que vai ganhando forma através da ponta de um lápis que vai talhando tal texto de modo ímpar.
Sim, é lindo olhar que tais almas em um certo ponto da vida estejam intimamente ligadas por um amor que nasce com a mais pura das intenções, mas não só de belas nascentes vivem duas pessoas, o amor se corrompe, um tenta sobressair ao outro, a poesia quer mais, quer que os olhos se voltem para seu egoísmo, e a música passa a desejar multidões voltadas para sua arrogância.  Hoje há raras exceções em que o amor não se torna individualismo, em que a música e a poesia se respeitam e se amam e se encontram em um mesmo palco para revelam a arte de um sentimento, é como uma utopia que se concretiza aos poucos, acreditar no poder de ambas é dádiva de poucos, e maior que isso é acreditar que a distinção ainda é o caminho da emoção, que ás vezes é preciso ir longe para se encontrar o que está perto e que é preciso estar atendo para apreciar um soneto ou uma bela melodia, e estar atento com os ruídos e tons desafinados que se apresentam de maneira contagiante, mas que não passam de letras frustradas em busca de alguém que as satisfaça.


                                                                                                                                                           João Af. Maia

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