terça-feira, 2 de agosto de 2011

As mãos nunca estão distantes do coração de seu dono!


Andei fazendo comparações, procurando a melhor forma de entender a vida, parei e olhei paras minhas mãos sangrando, ásperas e dormentes após carregar pedras, pesadas caixas e madeiras tomadas por pregos; e foi aí que entendi e compreendi o sentido de tudo. As mãos de um trabalhador ou até mesmo dos antigos escravos são áperas em função de todo trabalho sofrido que passaram, e quanto mais pesado e dolorido, o couro que envolve essas mãos vai ficando mais rígido, menos agradável de se tocar, com a única função de suportar a dor do trabalho sofrido , mas aí você se pergunta o que isso tem a ver com a vida? Muito simples, um coração quanto mais sofre, mais duro fica, é menos agradável e muito mais difícil se aproximar de alguém cujo coração é duro como ferro, muitos corações se fazem assim somente para resistirem ao peso diário de seu sofrimento, da dor invisível mas igualmente presente como a dor física ou material, assim como as mãos, mesmo que venham dias mais leves ou felizes, elas não se restauram, permanecem como estão, nada mais que um processo natural. Infelizmente, mãos de veludo, macias e sensíveis são um privilégio de poucos bem como um coração sem marcas, o meu não é assim, sangra todo dia, mas vai se adaptando como um forte mão pronta para um dia difícil.

                                                                                                                         João Af. Maia

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